Concordância Verbal Com Sujeito Formado por Expressões de Natureza Partitiva
Quando trata-se de concurso público e vestibulares a matéria de concordância seja verbal ou nominal é personagem garantido na prova de português. Dominá-la é essencial para seu desempenho na gramática exigida nesses certames.
Assim sendo vamos abordar uma das regras de Concordância Verbal dando continuidade ao estudo que estamos disponibilizando em nosso site sobre o tema, clique e veja.
O que é expressão partitiva ?
Primeiro faze-se necessário exemplificar e explicar o que são “Expressões de Natureza Partitiva”. Essa expressão é caracterizada basicamente pelo seguintes termos:
- “Boa parte”;
- “Grande parte”;
- “A maioria”;
- “A minoria de”;
- “Um pequeno número de”;
- “Um grande número de”;
- “O resto de”;
- “Uma porção”;
- “Metade de” ;
- “Uma metade de”;
Entre outros termos do gênero. Se o termo ou expressão que indica a parte de um conjunto maior estaremos diante de uma expressão partitiva, ou seja, ela indica a parte de um conjunto. Diante desses casos podemos fazer a concordância com a expressão partitiva ou o termo determinante da expressão partitiva.
O que é termo determinante da expressão partitiva ?
Trata-se da expressão que caracteriza o conjunto e, portanto qualifica a expressão partitiva. Bom a melhor forma de compreender é com exemplo, então vejamos:
- A maioria dos alunos estuda para a prova.
- A maioria dos alunos estudam para a prova.
Veja nas frases acima que o verbo “estudar” concorda com a expressão partitiva “A maioria dos” ou, no segundo caso, concorda com a expressão determinante “alunos” sendo esse termo o conjunto caracterizador da expressão partitiva. Foi “a maior parte “, mas a maior parte de que ? “dos alunos” .
Nesses construções podemos concordar tanto com a expressão partitiva como com o determinante. Ou seja, poderá haver concordância lógica (com a ideia de parte do conjunto que é caracterizado pela expressão partitiva) ou atrativa (termo mais próximo ao verbo que no nosso exemplo é o substantivo alunos).
Apesar de duas possibilidades de concordância devemos salientar que há momentos em que não haverá possibilidade de optarmos pelo plural ou pelo singular quanto ao verbo. Isso decorre do fato dos dois termos expressão partitiva e determinante ora estarem todos no singular ora estarem toso no plural. Nesse caso o verbo deverá acompanhar o sujeito quanto a concordância verbal prevalecendo a regra geral. Veja o exemplo:
- Grande parte da população votou nulo.
- Grande parte da população
votaramnulo.
Veja que nos exemplos a primeira frase possui tanto a expressão partitiva (“grande parte da”) quanto o seu determinante (“população”) como termos no singular. esse fato impossibilita a construção do segundo exemplo com o verbo no plural “votaram”.
Resumindo, nas expressões partitivas a concordância pode ser tanto com a expressão partitiva como com o determinante da expressão. Isso implica a possibilidade de adortarmos tanto a concordância no plural como no singular do verbo, mas apesar disso devemos ficar atentos sobre o número (singular ou plural) em que está o sujeito (expressão partitiva + determinante) da oração. Se ele estiver no singular integralmente o verbo deverá concordar com ele e ficar no singular, mas se ele estiver no plural o verbo deverá assim permanecer também.