Quando o Verbo “Existir” não é Verbo Impessoal e Qual sua Concordância ?
É clássica a afirmação “haver é verbo impessoal quando estiver com o valor de existir“, com ela sintetiza-se a impossibilidade do verbo “haver” concordar com o “sujeito” quando usado como valor de existência, ou melhor, com aquilo que pensamos ser o sujeito, afinal em orações com verbo impessoal não existe ujeito.
O verbo “haver” deverá ficar na terceira pessoa do singular quando tiver valor de “existir” tendo em vista não existir um sujeito para concordar. No entanto, essa regra causa confusão na cabeça dos estudantes e concursados quanto a concordância do verbo “existir”.
Sendo assim para não haver confusão deve-se afirmar:
- O verbo “existir” não é impessoal e portanto deve seguir a regra geral da concordância verbal quanto ao seu sujeito, ou seja, sujeito no plural implica verbo no plural e sujeito no singular implica verbo no singular.
- O que há de extraordinário nessa citação?
- Existem, nessa citação, aspectos extraordinários ?
Os termos que complementam o verbo “haver” quando possuírem valor de “existir” semanticamente assumindo a função de objeto direto. dessa forma, para atender a norma culta da língua, devemos observar a forma no singular quando o verbo “haver” estiver conjugado nos tempos pretéritos ou futuros (será difícil cometer o engano, não costumamos dizer *hão outros casos).
Não há como existir dúvidas. Verbo haver com valor de existir é impessoal e portanto não segue a regra geral de concordância devendo ele ficar na terceira pessoal do singular. Já o verbo existir segue a regra geral de concordância verbal e, portanto, deve acompanhar o sujeito quanto a concordância verbal.